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Se você está decidindo por começar a sua jornada musical em grupo, vai descobrir que o processo de formação da banda é um dos maiores desafios. Assim como a concepção da banda, a formação é uma etapa empolgante e transformadora para qualquer músico. Contudo, a partir do momento que você não se encontra mais sozinho na sua jornada, irá se deparar com desafios de outra ordem.

Para que a formação da banda seja bem sucedida a ponto de hipotéticos problemas futuros não serem nem uma ameaça, é importante recrutar os membros certos. Mas quem são eles? Onde vivem? Do que se alimentam 😅…? Bom, você vai descobrir na prática que os “membros certos” da sua futura banda não necessariamente estão todos no mesmo lugar; ou talvez estejam – já deu uma olhada no diretório de músicos da Musicloom?

Estando ou não por lá, é um fato que a etapa de formação de banda é uma verdadeira jornada – e um dos propósitos da Musicloom é acelerá-la. E como toda jornada, ela terá obstáculos e desafios! Você pode usar algumas ferramentas para ajudá-lo na trajetória, e este texto é uma delas. Portanto, segue com a gente!

Recrutamento

Conforme já dissemos, a fase de recrutamento é a mais importante na formação de banda. É o momento no qual você vai buscar e selecionar pessoas que, espera-se, conviverão por muito e muito tempo. Em outras palavras, aquele grupo de pessoas tem que “funcionar”.

O “funcionamento” ou, em outras palavras, a qualidade do relacionamento é extremamente importante para o bom ambiente entre os membros. Eles não precisam ser íntimos e talvez nem grandes amigos. Acima de tudo, precisam respeitar uns aos outros e compreender que todos ali estão no mesmo barco. De acordo com Wallison David de Freitas Vital em “A Importância da Administração na Carreira Artística Musical” – seu trabalho de conclusão de curso de graduação em Administração pelo Uniceplac -, a seleção dos membros da banda deve focar em encontrar músicos que não só compartilhem a visão musical da banda, mas que também estejam comprometidos com a missão e os valores estabelecidos. A escolha dos membros deve considerar a diversidade de habilidades musicais e de personalidades, pois essa diversidade pode fortalecer a coesão do grupo e ampliar as possibilidades criativas.

Uma banda que tem integrantes com habilidades e perfis complementares constrói seu equilíbrio com maior facilidade. E é importante destacar que essa banda não precisa – e muitas vezes nem deve – ser formada só pelos músicos. Além deles, pode ser extremamente útil incluir outros profissionais como um produtor ou técnico de som. Seus conhecimentos e habilidades poderão contribuir significativamente com o desenvolvimento e equilíbrio do grupo.

Lembra quando falamos que uma formação de banda bem sucedida evita hipotéticos problemas futuros? As chances deles acontecerem podem ser drasticamente reduzidas se, tanto no início quanto no transcorrer da jornada, existir momentos recorrentes de alinhamento de expectativa. Isso envolve discussões abertas sobre a divisão de tarefas, a participação nos lucros e a direção criativa da banda.

Se você está bem no início da etapa de formação da banda, comece a fazer contatos com os possíveis integrantes por meio de redes de músicos – como o diretório de músicos da Musicloom – ou participe de jam sessions. Converse com os candidatos separadamente, antes de conversar em grupo. Assim será mais fácil identificar se eles compartilham da missão e visão que está proposta.

Formação de banda: desenvolvimento do repertório e ensaios

Com os membros escolhidos e já com uma compreensão minimamente aprofundada sobre o propósito da banda, podemos passar para o desenvolvimento do repertório, que é um reflexo direto da identidade da banda. De acordo com Anne Victorino d’Almeida e Susana Oliveira e Sá no artigo “A gestão de carreira no ensino especializado da música”, a escolha do repertório deve ser cuidadosamente planejada para refletir a missão e os valores do grupo, ao mesmo tempo em que atrai o público-alvo.

O repertório deve ser diversificado o suficiente para mostrar a versatilidade da banda, mas também coerente com o estilo musical escolhido. Ensaios regulares são fundamentais para garantir que todos os membros estejam alinhados e preparados para as apresentações ao vivo.

Os autores Michael Arthur, Svetlana Khapova e Celeste Wilderom, no artigo “Career success in a boundaryless career world”, defendem que os ensaios são uma oportunidade para a banda desenvolver coesão e afinar detalhes técnicos e de performance que farão a diferença nas apresentações ao vivo. Em outras palavras, os ensaios são exatamente o treino, não só para a performance musical, mas para testar tanto o respeito mútuo quanto a compreensão do propósito da banda.

Para facilitar a rotina de ensaios, há uma ferramenta que deixa a dinâmica transparente a todos: um calendário (ou cronograma). É possível, inclusive, que seja estabelecido um objetivo para cada sessão: a finalização de arranjos, as músicas de um determinado artista ou conjunto… Definir metas alcançáveis por ensaio pode ajudar na percepção da evolução do grupo e o quanto ele está preparado para as apresentações que podem estar por vir…!