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Se você está com a sua banda em ação já deve ter percebido quanto trabalho dá armazenar e transportar os instrumentos musicais sem comprometer a integridade deles. Para que essas atividades sejam realizadas com o mínimo de prejuízo possível, os cases serão seus maiores aliados.

Quem acompanhou a sequência de textos sobre formação de banda que publicamos aqui no blog vai se lembrar do destaque que demos às atividades de gestão dos recursos materiais da banda. O figurino, os instrumentos e os equipamentos precisam ser guardados adequadamente, para que eles não sofram com as intempéries e fiquem protegidos de acidentes que podem danificá-los.

Os cases são os equipamentos musicais desenvolvidos para favorecer a armazenagem e o transporte dos instrumentos. Fique com a gente neste texto para entender os tipos de cases e como usá-los adequadamente, a depender das circunstâncias que você vai enfrentar.

Tipos e materiais

No senso comum usamos o termo “cases” para, genericamente, nomear o conjunto de equipamentos musicais cuja finalidade é proteger e armazenar instrumentos musicais. Tecnicamente, se fossemos escolher um termo em português para usar no lugar de case, o mais adequado seria estojo.

Contudo não é incomum, no mercado, encontrarmos a diferenciação entre “hard case” – os estojos – e “soft case” ou apenas “case”. Muitas lojas usam as categorias “cases” e “capas”… Não há exatamente uma padronização de termos para nomear esses equipamentos.

O que importa mesmo é que o case permite que você guarde o seu equipamento e depois o transporte. Portanto é fundamental conhecer os materiais utilizados na confecção, uma vez que eles vão influenciar na qualidade do armazenamento e na facilidade logística.

Focando nos materiais utilizados na fabricação da parte externa dos cases, podemos dividi-los em dois grandes grupos: os rígidos e os não-rígidos. Eles definem quão protegido contra acidentes estarão seus instrumentos e equipamentos, mas influenciam diretamente no peso a ser transportado.

Para instrumentos de corda e pequenos instrumentos de sopro, é bastante comum encontrarmos cases rígidos. Os materiais são diversos: madeira, alumínio, fibra de carbono, policarbonato, polipropileno e polímeros termoplásticos como o ABS. 

Para instrumentos de percussão e instrumentos de sopro maiores, encontramos com mais facilidade cases não-rígidos. A variedade de materiais também é grande: nylon, couro, poliéster e tecidos mais tecnológicos, como o Cordura®, um tipo de nylon altamente resistente que tem, inclusive, aplicações militares!

Cases: usos mais adequados

Conforme já dissemos, a escolha do case a partir do material utilizado deve levar em conta o nível de proteção oferecido ao seu instrumento musical e a facilidade de transportá-lo, dado o peso do próprio case. Contudo, é fundamental também fazer uma análise de custo x benefício até porque, a depender das dificuldades logísticas que a banda irá enfrentar, um considerável aumento de peso acarreta em mais custos.

Vamos imaginar a seguinte situação: sua banda foi contratada em caráter de urgência para fazer uma apresentação em um festival de música independente longe da sua localidade. Em outras palavras, vocês precisam chegar rápido ao local do show, ou seja, vocês vão de avião e terão que despachar praticamente todos os instrumentos e equipamentos musicais.

Como eles irão misturados a várias outras bagagens, é fundamental que os cases sejam rígidos, para evitar alguma avaria enquanto a aeronave se movimenta. Contudo, a depender do peso do conjunto instrumento + case, há uma chance de vocês terem que pagar por excesso de bagagem. Isso aumenta os custos que inicialmente não estavam previstos no momento de decidir por um determinado case.

Esse caso hipotético foi apenas para ilustrar a importância de pensar em diversas situações de uso no momento de escolher o case. A recomendação é: tenha mais de um case, para que eles sejam utilizados de acordo com a necessidade.

Se você for deslocar-se caminhando e, no local de destino, você não irá se separar do seu instrumento musical em quase momento algum, um case não rígido é a melhor opção, uma vez que o peso total a ser carregado será menor.

Se a banda irá se deslocar em um veículo rodoviário próprio ou alugado exclusivamente para toda a equipe, vocês podem usar cases rígidos menos resistentes. Como a própria equipe irá organizar todos os volumes, ela pode fazer isso de uma forma que o deslocamento do veículo minimize os impactos sobre os cases.

Nunca é demais lembrar que, apesar de termos destacado os materiais utilizados na fabricação da parte externa dos cases, há camadas de proteção nas partes internas: espumas, estruturas acolchoadas… Em outras palavras, em situações que há maior controle da organização dos volumes a serem transportados, talvez os cases não rígidos já atendam.

Para além dos músicos, a comunidade da Musicloom reúne diversos tipos de profissionais da indústria da música, entretenimento e produção cultural: técnicos de som, técnicos de equipamentos, roadies, técnicos de palco… Você pode encontrá-los navegando no diretório da Musicloom! Levante informações com os outros membros da comunidade para escolher os cases mais adequados à sua necessidade!