• Post author:

Quem vive e respira música há muito tempo entende que a jornada musical em grupo é constituída por etapas. Primeiro, a concepção da banda. Em seguida, a formação da banda. Daí passa-se para o planejamento da banda. Se tudo foi devidamente feito, chegou a hora da melhor parte: é momento de ver a banda em ação!

Entretanto, se você está acompanhando nossas postagens no blog ou no Instagram, já deve imaginar que quando estamos falando da banda em ação, não estamos nos referindo unicamente à atuação da banda propriamente dita, ou seja, os shows e as apresentações. Estamos fazendo referência também às decisões mais pragmáticas de planejamento e, principalmente, de gestão.

Em nosso último texto, sobre planejamento da banda, falamos tanto dos recursos quanto dos relacionamentos. Após planejadas, com o passar do tempo, essas dimensões terão que ser geridas. Para isso, a banda terá que tomar medidas práticas.

Primeiro a arte, a melhor parte

Sim, a essência da banda em ação é tocando, interpretando, se apresentando. Música é arte e esta é a principal manifestação da criatividade humana. O contato com as artes viabiliza o acesso às  emoções, deixando  um pouco de lado a realidade e permitinfo entrar  em contato com nossos sentimentos e fantasias. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche colocou a arte como um dos centros de suas reflexões em importantes obras. Em uma delas, “A vontade de poder”, o filósofo alemão sintetiza o papel das artes para nós em uma frase que ficou muito famosa: “a arte existe para que a realidade não nos destrua”.

A música tem um papel fundamental para a cultura de um povo. Cantar e tocar são formas de nos conectarmos com outras pessoas. O músico, assim, possibilita a manifestação de sentimentos bastante centrais: alegria, tristeza, serenidade, raiva… Músicas criam contexto para reflexões e nos trazem lembranças. Como escreveu Cazuza em “Codinome beija-flor”: “que coincidência é o amor/ a nossa música nunca mais tocou”.

Se a música é uma das protetoras contra a “destruição” que a realidade promove, a evolução das habilidades de um músico irão aumentar essas defesas. Para que as apresentações da banda estejam cada vez melhores, é preciso muita repetição, muitos ensaios. Tocar bem um instrumento e cantar de forma afinada demanda dedicação, esforço, disciplina. Dominar um instrumento ou sua própria capacidade vocal leva tempo e demanda muito treino.

Nunca é demais lembrar que, em termos gerais, é pouco o tempo que a banda efetivamente passa em ação. Uma apresentação consome uma, duas, talvez três horas… Quanto tempo de treinamento de cada músico, quanto tempo de ensaio coletivo, quanto tempo em reuniões com produtores, com técnicos – de som, de palco, de iluminação – são consumidos para que, nas poucas horas de apresentação, tudo saia o mais perfeito possível?

E há de se acrescentar que, para além do treinamento, qualquer artista precisa entrar em contato com outras obras para se inspirar. Assim como um bom escritor lê bastante e um grande arquiteto observa atentamente detalhes das construções, um músico precisa escutar muita música. Essa é uma das principais fontes de ideias que serão executadas nos ensaios e apresentações.

A banda em ação: gestão de recursos e relacionamentos

Contudo, nem só de arte vivemos e a realidade está aí, batendo à nossa porta todos os dias – mas sem nos destruir 🙏🏼… Para que os músicos possam dedicar mais tempo e recursos ao aprimoramento de suas habilidades, uma boa gestão de recursos e relacionamentos fazem toda a diferença. 

No post sobre planejamento da banda, falamos que os recursos são financeiros e não-financeiros, mas sempre materiais – dinheiro, instrumentos, equipamentos, figurino. Cada uma dessas categorias de recursos vai demandar um tipo de gestão. O figurino, os instrumentos e o equipamento, por exemplo, precisam ser guardados em espaços que não comprometam sua integridade. O dinheiro deve ser controlado, por meio de uma ferramenta de acompanhamento orçamentário, como o módulo “Gestão de Artista” da Musicloom – que está prestes a ser lançado – ou em uma planilha Microsoft Excel ou o Google Sheets. Independente da ferramenta usada, um gerenciamento de receitas eficaz é fundamental para garantir a sustentabilidade financeira da banda. 

Também é necessário “gerir” os relacionamentos: manter relações positivas com profissionais da indústria criativa – como os responsáveis por casas de shows ou festivais, por exemplo. Outra relação que não pode jamais ser negligenciada é com a base de fãs: atendê-los seja presencialmente ou digitalmente, respondê-los em suas mensagens nos canais digitaissite e perfis de redes sociais – é fundamental para manter o engajamento da audiência que a banda construiu. Um desses canais é o próprio aplicativo da Musicloom, no qual a banda pode interagir com sua base de fãs.

A boa gestão e manutenção de recursos e relações poupa tempo, dinheiro e esforço dos integrantes da banda. Esse tempo é valioso e será muito bem aproveitado no que é claramente a melhor parte da banda em ação: as apresentações do grupo!