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Assim como todas as dimensões da vida, as artes – mais especificamente a música – também é sensivelmente modificada pela tecnologia. Graças a ela foi possível conceber um grupo inteiro de instrumentos musicais – os eletrofones – e equipamentos musicais associados a eles, como os captadores e os amplificadores.

A forma como ouvimos músicas mudou drasticamente a partir da virada do século XIX para o XX. Boa parte dos ritmos e gêneros musicais mais ouvidos no Brasil e no mundo – samba, forró, sertanejo e rock – popularizaram-se no período de massificação de equipamentos de captação ou transmissão de som e imagem. Os gramofones, as salas de cinema e o rádio passaram a fazer parte do dia a dia de boa parte da população mundial na primeira metade do século XX, mesmo período no qual surgiram esses gêneros e ritmos musicais, tão ouvidos na atualidade.

Toda a estrutura necessária para captar som e imagem e transmiti-los ou exibi-los só foi possível graças à oferta permanente de energia elétrica. Mas além de viabilizar uma alternativa ao consumo de música, ela alterou a única forma que conhecíamos de ouvi-la. A energia elétrica modificou as apresentações ao vivo, dado que ela é condição para o uso de amplificadores.

 Neste texto vamos explorar esses equipamentos musicais que ajudaram a remodelar as apresentações ao vivo de música. Fique com a gente para entender a importância e o funcionamento dos amplificadores!

Das apresentações aos shows 

Muitas inovações tecnológicas, em diversas áreas da nossa vida, têm a função de ampliar a capacidade de instrumentos ou equipamentos. O já citado rádio, por exemplo, amplia o alcance geográfico de um sinal sonoro. 

Antes dos amplificadores, a tecnologia que ampliava o alcance do som em uma apresentação musical era a arquitetura. Para que um número maior de pessoas conseguisse ouvir com qualidade uma apresentação musical, espaços eram planejados e construídos priorizando a acústica. 

Contudo, mesmo em um prédio construído exclusivamente para favorecer o som em uma apresentação musical, há um limite para o alcance de uma onda sonora emitida por um instrumento não eletrificado.

Esse cenário mudou completamente com os amplificadores, mais especificamente no dia 24 de dezembro de 1915, em São Francisco. Em um evento promovido pela prefeitura, aconteceu uma apresentação de um coral cantando músicas de Natal. A ocasião foi a primeira demonstração pública do sistema de som de dois engenheiros norte-americanos: Peter Jensen e Edwin Pridham.

A apresentação teve um público estimado de 100 mil pessoas e é considerado o primeiro evento musical público “microfonado” da história. A partir desse marco os amplificadores tornaram-se uma realidade, passando a estar presentes em ocasiões semelhantes. 

Atualmente é até difícil de imaginar um evento musical, em ambiente fechado ou aberto, que não use diversos amplificadores. Eles mudaram a configuração das apresentações ao vivo, transformando-as em shows. Sem eles, seria impensável a existência dos festivais de música como os conhecemos hoje.

Amplificadores: como eles funcionam?

Contamos no início deste texto que os amplificadores funcionam, quase sempre, associados aos eletrofones. Nos casos que isso não acontece, os amplificadores estão ligados a microfones, seja para ampliar a voz dos cantores ou o som de instrumentos acústicos – em geral, todos os instrumentos de corda, de sopro e de percussão.

Seja conectado a eletrofones ou outros instrumentos eletrificados, seja plugado a microfones, os amplificadores funcionam seguindo o princípio de capturar um sinal sonoro que foi convertido em elétrico e reconvertê-lo em final sonoro, de forma ampliada – e, se possível, o mais fiel possível do som original. 

Como explicamos no texto sobre os eletrofones, para que isso seja alcançado com uma guitarra, baixo ou contrabaixo elétricos, outro equipamento musical necessário são os captadores. São eles que convertem o sinal sonoro em elétrico. 

Para que todo esse processo aconteça, os amplificadores dependem de uma fonte de energia, uma fonte de alimentação. É a eletricidade que vai, literalmente, conceder ganho de energia ao sinal sonoro, permitindo ele sair com mais potência do amplificador. Exatamente por isso, é fundamental que a fonte de energia seja estável e filtrada.

Contudo, mais importante do que aumentar a potência, os amplificadores devem manter ao máximo a fidelidade ao som captado. Em outras palavras, o bom amplificador não deve, intencionalmente, gerar distorções. Para evitá-la, mais uma vez é fundamental que a corrente elétrica seja constante, para que a impedância seja vencida.

Uma vez que os amplificadores convertem o sinal elétrico em sonoro, eles são capazes de, intencionalmente, modificá-lo. Ou seja, os amplificadores permitem reduzir graves, aumentar agudos, destacar notas…

Por fim, para que o som saia como esperado, é fundamental que os amplificadores possuam bons alto-falantes. A interação entre os equipamentos musicais – captadores, amplificadores e alto-falantes – é fundamental para a qualidade do som.

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